A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em colaboração com o hacker Walter Delgatti Neto. A decisão unânime da Primeira Turma do STF também determinou a perda de seu mandato parlamentar .
Após a condenação, Zambelli deixou o Brasil, alegando estar nos Estados Unidos com destino à Itália, país do qual possui cidadania. Em resposta, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou sua prisão preventiva e solicitou sua inclusão na lista de procurados da Interpol.
Além disso, Moraes ordenou o bloqueio das redes sociais de Zambelli, de sua mãe, Rita Luzia Zambelli Salgado, e de seu filho, João Hélio Salgado Neto. A decisão estipulou um prazo de duas horas para que as plataformas digitais removessem os perfis, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. As plataformas também foram instruídas a fornecer os dados cadastrais e a preservar integralmente o conteúdo das contas .
Em fevereiro de 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou Zambelli em R$ 30 mil por divulgar informações falsas durante a campanha eleitoral de 2022. Ela alegou que o QR Code do aplicativo e-Título contabilizaria votos automaticamente para o então candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. O TSE considerou essa conduta como propaganda eleitoral irregular na internet .
A deputada Carla Zambelli repudiou a decisão do Supremo Tribunal Federal, afirmando que o bloqueio dos perfis de sua mãe e de seu filho configura uma investida contra sua família e evidencia, segundo ela, um avanço do autoritarismo por parte da Corte.
Enquanto isso, o processo segue em curso. A Polícia Federal mantém a vigilância sobre os perfis associados à parlamentar e cumpre medidas determinadas pelo STF, incluindo investigações e diligências no âmbito do caso.